Às vezes, pensar em grandes mudanças em cultura empresarial nos leva a olhar para processos, organogramas, reestruturações. Mas a verdadeira virada de chave pode estar num gesto simples: a gentileza.
Porque ambientes onde as pessoas se sentem vistas, respeitadas e apoiadas não são acidentais. São construídos. E, quando bem feita, essa construção muda resultados, e não só humanos.
Por que gentileza não é “bom-sentimento”, é vantagem estratégica
- Uma pesquisa da Born This Way Foundation com 1.200 jovens trabalhadores mostra que 89% consideram a gentileza e a saúde mental como prioridade no trabalho, mas apenas 32% dizem atuar em ambiente que oferece isso. Born This Way Foundation
- Segundo o estudo “Kindness and Happiness at Work” (2024), a gentileza entre colegas e líderes é um previsor mais forte de felicidade no trabalho do que salário. SpringerLink
- Em outros termos: quando a gentileza vira rotina, não só o clima melhora, a produtividade também aumenta. Arc IT Recruitment
Então, gentileza não é “bom para clima”, é “essencial para performance”.
Como a gentileza muda a realidade de um time
Reduz atrito, aumenta confiança
Num ambiente menos hostil e mais acolhedor, as pessoas colaboram melhor, falam com mais abertura, aprendem com erros, a capacidade de inovar cresce.
Impacto na retenção e atração de talentos
Jovens profissionais olham para a cultura da empresa tanto quanto para o salário. Empresas que promovem gentileza ganham vantagem competitiva para contratar e reter.
Melhora a saúde mental e bem-estar
Gestos simples, ouvir de verdade, reconhecer, ajudar, ativam hormônios de bem-estar (ocitocina, dopamina) e criam resiliência.
Contribui para marca e reputação
Empresas que internalizam gentileza não precisam anunciá-la muito: ela aparece no atendimento, no ambiente, no discurso, e isso gera percepção de valor real.
4 passos práticos para implantar gentileza na cultura da sua empresa
Passo 1: Divida o “gesto simples” em hábito
Pergunte: “Qual uma ação de gentileza que está ao alcance de qualquer pessoa da equipe agora?” Pode ser uma reunião de 5 min para ouvir, um “obrigado” real, um check-in rápido.
Passo 2: Líderes dão o tom
Se o topo desconsidera, a gentileza vira exceção, não regra. A liderança precisa agir, não só falar.
Passo 3: Integre com processo, não só com intenção
A gentileza vira cultura quando está no onboarding, na avaliação, na rotina. Não basta “ser amigável” se o sistema recompensa só resultado e descarta bem-estar.
Passo 4: Meça de verdade
Inclua métricas como: bem-estar no time, número de interações colaborativas, feedbacks positivos, redução de turnover. Gentileza não é soft como “agradável”, ela é hard como “resultado”.
Conclusão
Uma cultura de gentileza não é luxo. É plataforma.
Se sua empresa ainda acha que gentileza é só “coisa de RH”, cuidado. Pode estar perdendo algo estratégico.
O gesto simples, aquele reconhecimento, aquele “como você está?”, aquela escuta ativa, pode ser o diferencial que separa uma equipe que sobrevive de uma que cresce.
E, no fim, o ambiente importa tanto quanto o produto. Para quem lidera, a pergunta não é “temos talento?”, é “temos humanidade?”.
Na DOM/99, acreditamos que marca forte nasce de cultura forte. E cultura forte se alicerça, muitas vezes, em gentileza concreta.