Obsessão pelo cliente: por que as marcas não querem apenas satisfazer, querem encantar

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Colocar o cliente no centro não é mais um ideal romântico. Virou campo de batalha.
Marcas que se contentam com “bom atendimento” ou “produto decente” já estão fora do jogo.
Agora, o que está em disputa é outra coisa: a obsessão pelo cliente, a cultura, a mentalidade, a entrega que vai além do esperado.

O que significa “ser obcecado pelo cliente”?

Segundo a consultoria Forrester, apenas cerca de 3% das empresas atingem o que se chama de verdadeira “customer obsession”, ou seja, colocar o cliente como prioridade absoluta em todas as decisões. Forrester+2CxM Today+2

Em outras palavras: “centrado” ou “focado no cliente” já não bastam. É hora de ultrapassar o cliente-centrismo e entrar no cliente-obsessivo.

Cultura + Tecnologia + Empatia = Vantagem competitiva

Vejamos alguns exemplos reais:

  • A companhia aérea Azul Linhas Aéreas afirma que a obsessão pelo cliente está em observar antes de atender, entender estado emocional, contexto, não só dar o serviço.
  • A empresa de pagamentos Cielo trata o volume de transações como pista para antecipar falhas, construir previsibilidade e transformar dados em empatia.
  • No setor B2B, a SAP Brasil conta com 83% da receita renovada por contrato, fruto direto de ecossistema construído em torno do cliente.

Esses casos ilustram bem que tecnologia + automação são parte da resposta, mas não a resposta completa. A diferença está na experiência humana, no gesto pequeno que faz o cliente se sentir visto, no time que respira cultura de cuidado, não só metas de atendimento.

Por que tantas marcas falham no caminho?

  • Em estudo da CXM Today, revela-se que marcas estão com qualidade média de CX em queda, facilidade, emoção e eficiência diminuindo. CxM Today
  • Outro levantamento mostra que menos de 20% dos consumidores afirmam que as marcas das quais compram realmente praticam “centrar o cliente”. kantar.com
  • A razão? A obsessão exige mudança estrutural, liderança comprometida e processos integrados, não apenas campanhas pontuais.

4 passos para embarcar na obsessão pelo cliente (de verdade)

  1. Mapeie a jornada completa do cliente Mais que canais: emoções, expectativas, pontos de fricção. O caminho importa tanto quanto o destino.
  2. Transforme dados em empatia genuína Personalização não é só usar nome no e-mail, é sentir o que o cliente não disse, antecipar, facilitar.
  3. Faça da obsessão parte da rotina de todos Não basta o atendimento “ser bom”. O comercial, o produto, o financeiro e a cultura devem falar a mesma língua.
  4. Mensure o que importa KPIs não podem ser só “calls atendidas”. Têm que refletir vínculo, confiança, repetição. Obstáculos reduzem lealdade.

Conclusão

Se o cliente está no centro e você ainda trata a obsessão como “bom à parte”, cuidado.
A busca não é por satisfação. É por elevação.
Não é apenas “bom produto”. É produto que faz o cliente dizer “isso foi pensado pra mim”.
No fim, a obsessão não se anuncia: se sente. E quem não sente… abandona.

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